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Heloo weblovers, e como vocês estão? O friozinho chegando, o salário abaixando e eu

ainda sem namorado... Mas não sei porque... Estou otimista! Sinto que o pior definitivamente já passou, e estamos prestes a voltar à vida normal; estranho ou não, o que mais sinto falta é ir ao cinema. Reunir-se com um bando de estranhos para rir ou chorar de algo na tela é um dos meus mais amados passatempos. E vocês weblovers, do que mais sentem faltam? Porém, se tem um lugar em que as coisas estão bem longe da normalidade, é na história de hoje!

Autor: Melqui Rodriguês
Ano: 2019

A rede científica Phoenix está prestes a colocar a cidade de Londres em um colapso. Devido às estranhas experiências do malvado Dr. Addan, terríveis criaturas que comem carne humana começam a surgir, matando a muitos e causando o pânico à população. O capitão Dan e sua equipe, então, unem-se para derrotar este terrível vilão e salvar a capital londrina, e para isso, contarão com a ajuda de uma peculiar garotinha, que parece ser o elo entre os humanos e esses monstruosos seres.

O enredo já começa bem, introduzindo o ataque das criaturas na empresa phoenix e a rebelião dos cientistas contra o terrível chefe, assim, a trama estabelece seu conflito sem perder tempo com explicações desnecessárias, o que poderia ser esperado em um gênero científico, mas estabelece as informações enquanto desenvolve as cenas, o que confere um bom ritmo e agilidade à narrativa. A linha de acontecimentos também é consistente e objetiva, tornando fácil ao leitor acompanhar os planos e situações dos personagens.

Nada é muito complexo, portanto, o vilão, de fato é genérico e possui motivações duvidosas, e há incongruências sérias como o fato de Lisa, Christian e Dylan se juntarem ao time da polícia para deter o vilão, sendo que se tratavam de meros civis, Lisa ainda tem a desculpa da irmã que tem um dom especial, mas qual o motivo dos dois irmãos se juntarem ao lado de agentes treinados? Até mesmo Ru, a sindica do prédio é posta em posição a lutar com cachorros zumbis! Mera forçação de barra da narrativa que não confere qualquer propósito ao final.  

Isso porque, nenhum desses personagens adicionam à trama. De fato, as personas nesta trama falham em demonstrar qualquer profundidade ou traços individuais, mas são introduzidos de forma rápida e superficial. Assim, eles apenas reagem as ações e atuam conforme os desejos do enredo, nunca destacando-se de forma a ganhar o apelo do público.

Mas nada que tire o carisma desta história, pois, embora sofressem em ter a torcida da audiência de forma individual, eles conseguem funcionar muito bem em unidade. A narrativa tem uma boa vivacidade que, prende o leitor com boas cenas de ação e doses de mistério. Destaque para a personagem Emily, uma das únicas realmente intrigantes na web.

Tá, até agora você me ouviu falar das personas, da ação, mas e as criaturas? Claro, os mostruosos zumbis! Mas, a verdade é que não há nada para falar, e isso é opinião do autor, afinal, ele sequer deu-se ao trabalho de caracterizá-las! E me digam, como podemos temer algo que nem sabemos como é? A única coisa que conhecemos sobre estes seres é que comem carne humana, a ambientação é rasa e as criaturas são pouco exploradas no texto, transformandas ao final em mero detalhe, perto do vilão Addan e seus planos de dominação.

E isso, claro, prejudicou e muito o terror e suspense que a narrativa pretendia e deveria causar no leitor. Isso também, pela falta de conhecimento nas estrutras de narração, como nesta cena em que vemos os ataques das criaturas pela primeira vez:

O segurança foi analisar os outros cães que estavam dormindo, ele só cometeu um grande erro de tirar o capacete e ainda deixar a porta de proteção semiaberta,

Vejam como o próprio narrador entrega o que vai acontecer logo depois, o que mata qualquer possibilidade de surpresa no público.

Ou esta outra cena de ataque:

Os três médicos correm em direção a um elevador, um dos seguranças infectados se aproxima neste momento e ataca um dos enfermeiros que iria adentrar no elevador, uma faxineira tenta entrar no mesmo e uma das criaturas a puxam pelo braço e morde arrancando um pedaço da garganta da moça.

A narração é importante para influenciar o modo como o leitor se sentirá em relação a cena, desta forma, como o mesmo irá se assustar, sendo que o narrador descreve a tudo como se tivesse comendo um dogão na praça?

E os diálogos também não são dos melhores. Veja como se sai a fala de Dylan, que era para ser um desabafo emocionante, mas termina de forma totalmente inesperado:

Dylan: Você acha que é fácil Cristhian? Perdemos os nossos pais recentemente, eu não tenho tanta experiência, reprovei no ano passado, você mal consegue arrumar um emprego, ah! A Dona Ru veio aqui.

Ou a forma como o capitão responde ao pedido de ajuda de dois agentes que estão prestes a cair de um imenso desfiladeiro!

Dan: Droga! Um momento, eu vou te ajudar!

...“Assim que eu terminar o terceiro episódio de elite!”

Ao final, o que posso ver na agilidade e na viveza do texto é que o escritor estava tão animado para ir direto para as cenas de ação que realmente são boas e eletrizantes que, esqueceu-se de estabelecer as relações entre os personagens e suas personalidades, o que conferiria mais peso à série e a faria ainda mais carismática.

É um bom passatempo, ao fim, mas nada que marque, pois a verdade é que, a ação em si mesma, embora divertida, logo é esquecida, pois, o que nos liga à uma narrativa não é o que acontece, mas à quem acontece. Ou seja, os personagens. Enfim, uma boa aventura mas que não deixa vontade de dobradinha!

E ai gente, o que acharam da crítica de hoje? Gente, antes de terminarmos peço para que deem uma checada na maravilhosa resenha que o Marcelo, da coluna "observatório da escrita" fez sobre a nossa amada coluna! Se vocês gostarem, não deixem de acompanhar as críticas dele, porque ele arrasa e sem erros, desta vez! HaHa! Bom, é isso meus weblovers, até a próxima, um beijoo e bye bye!

 

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