ADOROWEB - AMOR NA MODA: PRAIA DE PAIXÕES 2.0?

     

E aíi weblovers, tudo bem com vocês?? E antes que vocês começassem a pensar que eu tomei a coronavac e virei jacaré, eis que estou de volta! Tanta coisa aconteceu, pegaram o Lazaro, para a tristeza da sogra dele; o Dj Ivis que não era conhecido e agora ficou conhecido para virar desconhecido outra vez, mas eu estou mesmo indignada é com o fato de que tomar café virou CRINGE, tipo, WTF? Quer dizer, nós lutamos tanto na década de 2000 para sermos intelectuais e rockeiros e agora me vêm essa geração danoninho tik toker dizer que somos OLD? Respeitem minha calça Skinny!

Mas, acho que falar do passado também é cringe, né! No entanto, é pra lá que nós vamos na crítica de hoje! 

Autor(a): Renata Landeros
Ano: 2020

Isso porque, esta web se trata de uma adaptação de uma novela muito antiga e muito famosa, o que já lhe rende pontos positivos pelo carisma da história, mas o que mais me chamou a atenção foi sua autora! Vocês se lembram de Renata Landeros?

Era uma vez Juliana que pescava em sua praia no meio do nada, quando de repente é abordada por seu príncipe, Pedro, um homem que a tinha visto pelada e decide se aproximar. Eles conversam sobre frações e percebem que estão apaixonados. E o amor é tão avassalador que produz um esperma poderoso, pois no dia seguinte ela está grávida! É, só pela sinopse já podemos notar o verdadeiro desastre que foi esta web, todavia, nada que uma olhada mais atenta não piore o cenário. Diálogos esdrúxulos, cenas sem pé nem cabeça, dão um requinte super especial nessa obra de arte que foi "Praia de paixões".

E é claro que esta novela foi completamente rechaçada nesta coluna. E com certeza sei que não deve ter sido nada fácil encarar minha opiniões, mas diante deste cenário, apesar do que pensam, os autores tem somente duas opções: concordar ou não. Eles podem xingar, esbravejar, o que for, no fim, o que sobrará serão estes dois caminhos. Um, te levará á uma tremenda evolução; o outro te manterá aonde está. Cabe a você decidir onde quer ficar. 

Esta é a história de quem escolheu o primeiro caminho.  

E vocês podem imaginar a minha alegria quando me deparo com esta trama. É notável a evolução de Renata! Os personagens agora possuem descrições físicas, assim como os cenários; as cenas acontecem uma após a outra, seguindo o esquema "causa e efeito"; conseguimos também entender as motivações por trás das ações dos personagens, sem falar que é ótimo ver que elas tem sentido para acontecer. No fim, comparando as duas quase é impossível pensar que foram escritas pela mesma pessoa. Quero então deixar aqui os meus parabéns á escritora.

Agora, isso quer dizer que a novela é boa? Não, não mesmo, de maneira nenhuma. 

Vejam, o problema de uma adaptação é que não podemos confundir o material original com o que foi adaptado como se eles tivessem o mesmo valor. É como as músicas do Latino, elas são gostosas de ouvir, mas porque todos o criticam? Por que a única coisa boa delas é a melodia, a letra é sempre sofrível, acontece que a melodia não é do Latino e sim a letra. O que podemos concluir então é que a única coisa que não é copiada nessa música é ruim. Desta forma, porque ouvir a modificação se eu posso ficar com a original?

E é exatamente isso que ocorre aqui. O enredo tem sim uma ideia boa, os dramas são interessantes para o público e as subtramas se linkam muito bem, mas isto vem do texto de origem, e não de Renata. Na verdade, do capítulo um até o meio da narrativa ela é quase como uma descrição cena a cena da novela original, sem nada de novo. 

E mesmo tendo evoluído muito, a autora ainda é bastante infantil, fazendo suas descrições parecerem mais com uma menina escrevendo no diário o que viu no capítulo de hoje.O que dizer, por exemplo deste diálogo em que o Padre, um homem de mais de 40 anos, insiste com a mãe que quer contar a verdade à filha?

Padre: vai mamãe, por favor! 

Ofélia: Já disse que não, Pedro Paulo!

Pedro Paulo: Mas mamãe, eu preciso  a Vitória e a Cristal a verdade, e você sabe disso!

Ofélia: E você sabe que não pode pelos votos sacerdotais que fez, e também sabe que eu não vou contar nada a ninguém! 

Os personagens perdem também a densidade psicológica, não tendo qualquer descrição de suas personalidades e emoções; Cristal, a protagonista, comporta-se como uma robô apática que não tem seus sentimentos de revolta e dor bem explorados, e sua criação cristã em um convento, não combina com o jeito debochada e desbocada que a escritora lhe dá, mandando o Deus e o mundo para aquele lugar. Dessa forma, tudo é muito superficial, impedindo uma conexão maior, e então quando acontece a revelação do segredo, não existem quaisquer emoções, pois os envolvidos falham em cativar o coração de quem lê.

O enredo sofre de inconsistência e lentidão tremendas, íamos bem com Cristal se apaixonando por Felipe e sendo impedida pela mãe, mas aí o texto começa a focar em acontecimentos que não levam a nada, como as maldades de Priscila contra Cristal, que na história original sempre tinham o propósito de juntar Cristal com a felipe e a mãe, mas aqui não cumprem papel nenhum a não ser o de esticar essa história; apartir daí é uma lentidão tamanha até a revelação do segredo que já sabíamos desde início e agora que Cristal sabe, não podemos nos importar menos.

Ao final, portanto, tudo o que há de bom, já existia e tudo o que passou a ser, não é bom, deixando para Renata o mesmo legado de Latino.

No entanto, acredito sim que esta história brilha e a grande estrela é sua escritora, que aprendeu muito desde a primeira novela. Pode ser uma passo pequeno para alguns, mas se compararmos com o lugar em que estava podemos ver que ela está há anos luz de lá. E quanto mais ela não poderá ir, se continuar evoluindo assim? Meu desejo é que muito longe. 

Hoje, minha crítica é pela obra, que terá sua nota abaixo, mas saibam que pela autora, meu 5.0 já está garantido. 

Ah, Renata... Latino... Só agora percebi kkkkk

E aí o que vocês acharam weblovers? Deixem nos comentários! E não esqueçam de votar na próxima enquete, para decidir a review da semana! Até a próxima, beijoo e bye bye! 

 

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Notas DIGG TV

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